penso, penso, penso...sinto,sinto,sinto...

De repente me sinto, somente sinto, simplesmente sinto,
mas não sei dizer...
como se boiasse em águas mornas
envolvida,inundada e embalada por mim apenas
apenas sinto, a mim apenas
porque tudo que sinto é parte do que sou,
não consigo viver a solidão em sua plenitude, o coração que não expulsa
não consegue esvaziar, não pode, não ousa, não deve!

Deixo as coisas aos poucos ocuparem seus lugares,
lugar de razão é na cabeça
lugar de amor é no coração,
mesmo amor perdido, amor achado, amor distante, amor constante,amor encoberto,amor descoberto.
Descubro que não preciso matar para não morrer

lugar de amor é no coração...

nas palavras sem nexo, sem métrica, sem beleza, o coração faz suas próprias composições:
ficar rima com perdoar
partir rima com desistir
crescer rima com querer
amor rima com dor ,e rima mesmo sem rimar comigo e com viver

Na angústia e ansiedade de não saber, acalento-me em meus próprios braços
na espera do que há de vir, a responsabilidade de simplesmente olhar e perceber:
o incontido que destrói, o pequeno que corrói, o grande que constrói,

o ato que ata, o nó que liberta

sinceramente aberta.

penso que estou pronta simplesmente para ser o que tiver que ser
penso que posso ser um pouco mais de mim a cada dia
penso que a alma é grande , logo ficar ou partir vale a pena
penso,penso,penso...
não paro de pensar
mas de que adianta tanto pensar
se sou uma " maldita mulher" que sente, sente,sente...
e não para de sentir?