fratura exposta de alma

sem pedir licença
rasgou minha carne
penetrou minha alma
densificou meu ar
saciou minha sede
sequestrou meu olhar
me empurrou no abismo
segurou minha mão
balencei-me ao vento
confiei no aperto
me puxando os pés a gravidade
me levando ao chão todo meu peso
me trazendo à tona o sofrimento
canso de resistir
abro mão
lanço-me ao infinito
jogo-me no desconhecido
o chão a se aproximar
o céu a distanciar
o vento arranca a pele
a alma fica exposta
não mais corpo
não mais sofro
não mais caio
sobrevôo
3 Comments:
que profundo amiga. gostei do texto.
E gostei de ver, nunca desita, sempre sobhrevoe, nunc apare, nunca hesite, sempre voe feliz.
Lindo
:)
Belo poema! :)
, "sequestrou o olhar"... oh vida cheia de isso...
|beijos meus|
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